Pois é, se tivéssemos ido embora naquele sábado que terminou com o Parque do Café, teríamos as expectativas cumpridas. Mas ai veio, no dia seguinte, a brilhante idéia de seguir a sugestão da nossa querida Carol de Armenia (cidade da região) de conhecer o Valle de Cocora e a cidade de Salento. Alugamos um táxi (afinal, o Panaca é longe de tudo) e depois de 1h30 estávamos no vale.
Uma mistura de bosque europeu com montanha peruana e um rio no meio: assim tento definir o vale. É que ele foi formado, segundo dizem, por um derramamento de lava há não sei quantos anos. Se você fizer um esforço até percebe isso. Mas é o que menos importa, afinal a natureza de lá é simplesmente linda.
Uma de suas marcas são as palmeiras gigantes, tipo Lost. Exclusivas dali, elas chegam de 20 a 40 metros, um espetáculo a parte. Como tínhamos pouco tempo, optamos por uma cavalgada de 30 minutos (por exíguos R$15 o casal), mas deu vontade de dar uma assadinha extra e andar mais. Eles têm quatro tipo de passeios 30min (até o rio Quindío), 1h (um pouco pra lá do rio), 2h (local de pesca esportiva de truta) e o mais tentador : 4 dias no lombo do bichinho (que leva até os Nevados de Ruiz).
Enquanto éramos guiados por Felipe (o amigo dos cavalos – esse é o significado do nome do rapazinho que cuida deles por lá) descobrimos muito sobre a vegetação, mitologia e fauna do vale. A qualidade de informação, na verdade, não só nos surpreendeu com o guia jovem, mas também com o taxista e um bocado de gente que conversamos pelo estado: todos bem informados não só sobre direções, mas sobre a região.
Já Salento foi um pulo e boas fotos. Como estávamos atrasados por desfrutamos de uma truta deliciosa feita no vale, acabamos dando uma geral na cidade, que é bem cuidada, como as cidades históricas que já vimos por onde passamos. Deixo aqui em baixo imagens peculiares da feira ao ar livre. Verdadeiramente, a região merece uma volta.